terça-feira, 27 de outubro de 2015

Minhas Gravações do Smule Sing Karaokê


Meus Duetos e Solos do Smule Sing



Este espaço é destinado ao compartilhamento das minhas gravações, músicas que cantei em dueto ou solo no aplicativo Smule Sing.


http://www.smule.com/recording/angelabelas-todo-sentimento-chico-buarque/408637833_192961026/ensembles


sábado, 5 de abril de 2014

Sussurros: um texto nada autobiográfico


Inrodução e capítulo 1
Da porta entreaberta um feixe de luz.  Paradas as imagens apenas entrevistas, como se eu pudesse apenas entreve-las.  Frações de objetos ou cenas são o bastante para essa mente ansiosa por conceitos, defini-las de modo cabal.  Pedaço de parede é a parede inteira à frente da minha porta.  Rabo de gato é o gato que languidamente espoja-se frente a essa mesma porta.
As frações da minha vida insistem em embaralhar-se num confuso quebra- cabeça em que, suspeito faltem-lhe peças, ainda que sequer metade do mesmo haja se completado. Nada mais natural para uma mente farta em recursos viciosos que nutrir um prazer sorrateiro de boicotar-se, ou boicotar-me, pois me parece que eu e minha mente formamos uma unidade, imbuídas que estamos na febril tarefa de ocupar-se do inútil, do irresoluto.
Essa história nasce de uma porta que se entreabre sugerindo uma pré-visão da morte.  E necessário cumpri-la ainda que não saiba o que de tão importante há que contar.   Histórias são feitas de fatos, imagens , palavras, memórias, lampejos e inspirações súbitas, creio.  Aqui não sei o que há, a não ser certa coisa tão insubstancial que absolutamente não me deixa minimamente segura quanto à sua consubstanciação num livro, ou numa narrativa curta que seja.
Assim caro leitor, antes que você mesmo exista para mim, devo dizer que simplesmente escrevo até onde possa e a mim, apenas a mim, dedico esse esforço literário, talvez até inútil, que me nutre, no momento, de uma emoção especial.  Um “revive”, certamente, de alguns outros momentos inspirados da pretensa escritora poetisa da adolescência.
1.       Fragmentos de lamentos
Eu havia escrito aos nove anos uma redação que intitule, então, “Dilema”. 
Não sei e não me lembro de saber em algum tempo a fonte de onde aprendi esse termo, mas ele e a redação que então compus eram plenos de um clamor por respostas em relação à existência,  na proporção, talvez, máxima do que meus nove anos podiam depreender das questões filosóficas e existenciais residentes nos dilemas da vida.
Fato é que a professora não me deu crédito de autoria e anulou meu esforço, minha ousadia, eu que recebia as melhores notas nessa matéria e lia minhas redações orgulhosamente em público fui rebaixada à condição de  fraude.  Será que daí nasceu esse sentimento  que me acompanha e atormenta limitando-me sobremaneira, de ser uma fraude completa?
De qualquer forma, qual é a importância disso hoje?  Por que me vem?  Será que estou tão carente de auto- valor que tenho que desenterrar velhas injustiças para justificar meu auto desencanto?
Estou escrevendo ainda, isso consegue ser importante, mesmo que o próximo caractere possa ser o último realizado.
Em que momento me esvazio e esvai-se minha energia?  Isso me angustia.  Não quero parar, quero conseguir dessa vez... mais uma vez, só dessa vez, vida.
Vai ser penoso; cada palavra podendo ser a última.  Se me levantar talvez não volte, se voltar talvez feche essa página para sempre.
Não posso ver alguém deleitando-se com esses lamentos, tormentos talvez estúpidos.  E é isso, entretanto, que nesse momento tenho a oferecer.  Pode vir a ser mais?  Certamente que sim.
Continue, digo a mim mesmo, sem pretensões nem certezas.  A vida não é mais que isso, segue-se não se sabe para onde e por quanto tempo, se há onde, se há tempo, se, se, se.
Tenho que escrever em capítulos curtos, para garantir a sensação de terminalidade, ainda que parcial.  Encerro, assim, o primeiro capítulo.  O primeiro pedaço de parede, a primeira fração de um rabo de gato.


Capítulo 2.       Após o levantar-se, aqui retorno, cerca de  dezoito meses depois. Uma breve revisão não me deixa a sensação de desconforto com o que se constituiu no primeiro capítulo disso.  "Disso"? poderia-se questionar, que forma de referir-se a isto, mas haveria outra forma de referir-se ao que não se quer definir? Não porque seja especialmente  complexo, mas porque pode vir a ser incompleto o suficiente para não se definir como livro, conto, poesia, crônica.  O mais provável é que venham a ser notas.

Repensando

Não posso considerar esse blog um empreendimento pessoal vitorioso.  Sem criatividade no estilo, no formato, no seu conteúdo é mais uma inutilidade ocupando o grande Inconsistente Coletivo da internet.
Fracasso por fracasso, visto que não mais do que eu e olhe lá que poucas vezes o fiz, o leio, que ele ao menos sirva a mim, como meio de me despejar um pouco, naquilo que naturalmente não me desgaste, nem me exponha além do que se faça a mim confortável, haja vista ser este um canal público.
Chega de cópias e anúncios de eventos já  divulgados por outras fontes, esse será ao menos um espaço para que eu diga nas minhas palavras o que quiser sobre qualquer coisa que a mim se afigure interessante em algum momento.
Por favor, se alguém ler isso seja bonzinho, até condescendente não criticando essa fala/confissão.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Jung e o Tarô: Uma jornada Arquetípica




Introdução ao Tarô*


Uma viagem pelas cartas do Tarô, primeiro que tudo, é uma viagem às nossas próprias profundezas.  O que quer que encontremos ao longo do caminho é, au fond, um aspecto do nosso mais profundo e elevado eu.  Pois as cartas do Tarô, que nasceram num tempo em que o misterioso e o irracional tinham mais realidade do que hoje, trazem-nos uma ponte efetiva para a sabedoria ancestral do nosso eu mais íntimo.
...Parece evidente que essas velhas cartas foram concebidas no mais profundo das entranhas da experiência humana, no nível mais profundo da psique humana.  É para esse nível em nós mesmos que elas falarão.
...Visto que todo o material simbólico deriva de um nível de experiência humana comum a toda a humanidade, é verdade, naturalmente, que se podem fazer conexões válidas entre alguns símbolos do tarô e os de outros sistemas.  Mas essa camada profunda da psique, que C.G.Jung denominou o inconsciente, por definição, não é consciente.  Suas imagens não nascem do nosso intelecto ordenado mas, antes, apesar dele.  Elas não se apresentam de maneira lógica.
...Ao definir a finalidade de um símbolo, Jung acentuava amiúde a diferença entre o símbolo e o sinal.  O sinal, disse ele, denota um objeto ou idéia específica, que podem ser traduzidos em palavras (como, por exemplo, um poste listrado significa barbearia, ao passo que um X quer dizer cruzamento de estrada de ferro).  O símbolo representa alguma coisa que não pode ser apresentada de nenhuma outra maneira e cujo significado transcende todos os específicos e inclui muitos opostos aparentes (como, por exemplo, a Esfinge, a Cruz, etc).
As figuras dos Trunfos do Tarô contam uma história simbólica.  À semelhança dos nossos sonhos, elas nos vêm de um nível que a consciência não alcança, e muito distante da nossa compreensão intelectual.  Parece apropriado, portanto, comportar-nos em relação a esses personagens do Tarô de maneira muito parecida com a que usaríamos se eles nos tivessem aparecido numa série de sonhos que retratassem uma terra desconhecida e longínqua, habitadas por estranhas criaturas.  Com tais sonhos, as associações  puramente pessoais têm valor limitado.  Podemos fazer melhor a conexão com o seu significado através da analogia com mitos, contos de fadas, dramas, quadros, acontecimentos históricos ou qualquer outro material com motivos similares, que evocam universalmente grupos de sentimentos, intuições, pensamentos ou sensações.
* Trechos da Introdução do livro de Sallie Nichols Jung e o Tarô: uma jornaa arquetípica (Cultrix).


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ciência e Misticismo por Fritjof Capra



BIBLIOTECA FRITJOF CAPRA

Autor do livro Tao da Física (1975), Ponto de Mutação (1982), As Conexões Ocultas (2002), dentre outros, Capra expõe seu ponto de vista a respeito da relação desejável entre esses dois sistemas de conhecimento: no livro organizado por Roger Walsh e FrancesVaughan Caminhos Além do Ego: uma visão transpessoal (Cultrix).
Estará a ciência moderna, com todo o seu sofisticado maquinário, apenas redescobrindo a milenar sabedoria oriental? Deverão, portanto, os físicos abandonar o método científico e começar a meditar? Ou será possível  haver uma influência recíproca entre ciência e misticismo - talvez mesmo uma síntese?
Eu acho que todas essas perguntas têm respostas negativas.  A meu ver, a ciência e o misticismo são duas manifestações complementares da mente humana: manifestações de suas faculdades racionais e intuitivas.  O físico atual vê o mundo através de uma extrema especialização da mente racional; o místico, através de uma extrema especialização da mente intuitiva.  As duas abordagens são inteiramente diferentes e envolvem bem mais que uma certa visão do mundo físico, contudo, elas são "complementares", como aprendemos a dizer na física.  Uma não é abarcável pela outra nem pode ser reduzida à outra, mas ambas são necessárias, suplementando-se para uma compreensão mais completa do mundo.  Lembrando as palavras de um velho provérbio chinês, os místicos compreendem as raízes do Tao, mas não seus galhos e ramificações; os cientistas compreendem os galhos, mas não as raízes.  A ciência não precisa do misticismo, e o misticismo não precisa da ciência, mas os seres humanos precisam de ambos.  A experiência mística é necessária à compreensão da natureza mais profunda das coisas, e a ciência é essencial à vida moderrna.  Por isso, o que precisamos não é uma síntese, mas uma interação dinâmica entre a intuição mística e a análise científica.
Márcia Tabone em A Psicologia Transpessoal: Introdução à nova visão da Consciência em Psicologia e Educação  assim expressa sua concordância com Capra:
Considero o ponto de vista de Grof *e Capra o mais abrangente ao  colocar a Psicologia Transpessoal como "facilitadora" do diálogo entre a perspectiva científica, representada pela Ciência ocidental, e a perspectiva espiritual, representada pelas tradições filo-religiosas, pois concordo que ambas são visões da realidade, complementares e necessárias ao homem. 
* Stanilav Grof é um dos fundadores e principais expoentes da psicologia transpessoal

terça-feira, 14 de maio de 2013

Prática em intervenção e mediação sistêmica na UNEB em Salvador


O Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus I da UNEB, em Salvador, está com inscrições abertas – até o dia 16 de maio - para das atividades da segunda turma do Grupo de Desenvolvimento Humano.
A iniciativa, que abordará o tema Prática em intervenção e mediação sistêmica, está oferecendo 30 vagas.  Os interessados devem se inscrever no departamento, munidos com o RG e comprovante de escolaridade. A oportunidade é direcionada para universitários da área de ciências humanas e concluintes do ensino médio.
O objetivo do curso é identificar e discutir as problemáticas nas áreas profissional e pessoal dos indivíduos, fazendo uso das constelações sistêmicas (Hellinger) e medição terapêutica na busca de soluções.
“Essa é uma ação transformadora que prepara as pessoas para lidar com seus relacionamentos. Trabalhamos com um modelo inovador que se aplica dentro das terapias sistêmicas, com foco nas áreas de saúde e educação, visando sempre a relação em grupo”, afirma Helen Edington, coordenadora do grupo.
A iniciativa possui carga horária de 44 horas. As aulas, que serão realizadas no DCH entre os dias 17 de maio a 26 de julho, sempre as sextas-feiras, das 13h30 às 17h.